A MINHA FEIRA !




Valdir Rangel




Que saudade, da minha feira, a feira que era de quarta-feira, feira que eu fazia, e ela me fazia bem feliz.
Saudade dos gritos de liquidação, dos feirantes, geral, geral dois reais, aqui...

Venha eu tenho  preço e produto de  qualidade! cinco moio de quentro, por um real, aproveita aproveita...
Que saudade, daquele vai e vem, de pessoas, de barracas, de feirantes cansados, mas, todos alegres.

Saudade da minha tapioca com café, eu comia ali, na barraca em pé mesmo, as vezes queimando os dedos, e a boca com a tapioca, e o café servido em copinho de plástico descartável.
Aquilo sim, é que era felicidade, aquele empurra-empurra, aquele cheiro de feira, as vezes de resto de feira mesmo, tomates, pimentões, restos de frutas estragados pelo chão.
E também eu sinto saudade, daquele visual colorido das frutas, caju, manga, limão, melancia, melão. Isso tudo, acompanhado de um cheiro inigualável, inconfundível de felicidade.

Quando vai ser o meu retorno, para matar a minha saudade, que tenho, da minha feira, de quarta-feira.
Tomara que seja breve, ah! eu ia me esquecendo, saudade também, daqueles quiosques cheios de gente, sentados nas suas mesas, tomando seus lanches e bebendo também uma caninha, afinal ninguém é de ferro.

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