TEMPO TUDO

    
VALDIR RANGEL

 O tempo arrasta a vida, transforma o amor em saudade, voando sem asas, ele saltita, correndo a cada segundo, na sua invisível nave.


O tempo é partida, é chegada, é estação é bagagem, é aquele que não para, e não se deixa domar, pelo tempo da humanidade.


O tempo é movimento, sem ele nada teria passagem, ficaria estacionado, no estacionamento da ociosidade.


Se o homem dominasse o tempo, teria mais tempo! Mas, o tempo ligeiro, é asa que bate em revoada, e não fica um só passarinho, nas margens das estradas.


O tempo é cismado, não confia em ninguém, ele corre silencioso e calado, no giro do sol que todo dia chega e some.


O tempo é um ponteiro no mostrador de um relógio! Passando vagaroso ele corre ligeiro, para gerar os prazos das validades.


O tempo trás a aposentadoria e o começo. É também um remédio caseiro homeopático, para as enfermidades, que cura situações, ou agrava as decepções e as saudades.

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