O Mal da Solidão

 Valdir Rangel


Onde há solidão
Há um desejo encerrado
Existe alguém exterminado
pelo vírus da separação

Onde há solidão
Há um amor que foi despejado
De um coração que tanto amava
Mas foi mal amado

Onde há solidão
Há silêncio num coração
Ainda Amando e esperando...

Há sonhos circulando
Dormindo acordado
Em um corpo cansado
De tanto esperar uma reconciliação...

Onde há solidão há saudade e muita revolta
Há caminhos sem continuidade
Há um mundo de vontades

com esperança de reverter a situação

Na solidão há lembrança
acumulada
Espinho na flor,
Tantas vezes beijada
Uma saudade uma dor encravada
Causada pelas pancadas
Das batidas de um coração


Onde há solidão
Estão mil pensamentos
Arrependimentos insegurança
Tormentos e sofrimentos
Lembrados e vivenciados
Numa poesia de lamentos

A solidão tem a força da destruição
É doença de difícil remédio
Deitada nos divãs do tédio
Sem o afago de uma mão

Sua cura é lenta,
e cheia de muitas recaídas
É uma morte em vida
Só ressuscitada quando é esquecida
Nos braços da conformação 

 

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