ESCURA SOLIDÃO

Valdir Rangel


As ruas dormem
Cheias de sombras
Da noite escura
Nas esquinas demarcadas
Pela penumbra
Homens sem asas
Voam nos seus pensamentos

A alta hora da noite
Pouco importa os CEPs
Todos endereços conduzem
A um silêncio reflexivo

Toda casa de qualquer rua
Tem um quarto de solidão
Toda rua tem o seu escuro
Uns são frágeis cheios de medos
Outros são fortes, servem de escudos

O escuro da minha rua
É diferente da sua
Ele tem uma cor
Mais escura
Onde eu escondo
a minha ansiedade
E o meu medo 

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