MEDINDO A DOR

Valdir Rangel


O que era a dor, diante daquele meu sofrimento amoroso, daquela separação inesperada que me acontecia naquele instante?

A dor não era nada, a maior dor continuava sendo mínima, era uma total pequenez, quando comparada a minha separação, do meu amor, depois de vários anos, de uma forte ligação afetiva, qualquer dor, não era de mais, era coisa microscópica, comparada a minha imensa galáxia de sofrimento.

Em monólogo eu conversava, me perguntava, e me respondia, queria entender e modificar os fatos, mas, um descontrole emocional, me alimentava de muitas dúvidas, como eu poderia sair daquele quadro, daquela situação já decretada pelo meu carrasco destino.

E o destino? Seria ele o culpado por tudo isso? Ou seria eu? O culpado verdadeiro?
Qualquer dor, era pequena, era mínima, a minha grande angústia, era do tamanho do universo, nem os melhores versos, nem os afagos da minha mãe,  me serviriam de consolo naquele momento, para me aliviar.

Cansado, me cobri com o lençol,  o mesmo, que tantas noites nos cobriu, fingi que adormeci, e fiquei ali naquele quarto, me revolvendo em lembranças!

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