O MUNDO SEM MIM
Que saudade eu deixarei para o meu mundo, se tenho poucos amigos, porque não dizer! Pouquíssimos amigos!
Além do mais esse mundo é quase infinito e cheio de atrativos
mil, tem muitos encantos mais importantes do que a minha pobre alma humana.
Porém, mesmo assim eu tento
deixar alguma herança produtiva e afetiva para esse velho mundo, que a cada dia
mais envelhece e vai retirando de cena paisagens naturais e paisagens humanas.
É o mundo da mudança acelerada do virtualismo presente, do
imediatismo e do valor financeiro, é o mundo do interesse da competição e do eu
sozinho.
Mas, eu esse pobre mortal continua na mesma pergunta, que
tipo de saudade eu deixarei aqui na terra quando a minha alma pecadora deixar
esse mundo. Mesmo não sabendo a resposta antecipada e com certeza nunca irei
saber, só me resta acreditar que eu procurei fazer de tudo para deixar uma bela
saudade.
VALDIR RANGEL
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