AMOR MUNDO DA DOR


Parado no meio do mundo
Que eu não sei onde é
Eu desenho no chão molhado
Com lápis de graveto
As dores da minha vida

Ferida aberta bem aqui
No meu peito nu
Que me dera já fosse à cicatriz
De um amor curado
Mas o meu peito desnudo despreparado
Foi inocentemente flechado
Pelos beijos de um amor (atriz)

Parado continuo correndo
Com o meu pensamento que voa
E deslumbro a imagem
De um amor que ecoa
Recebo um vômito fino de garoa
São os meus olhos tristes que choram

Ainda bem,
Que Deus me fez poeta
As letras para mim são portas abertas
Onde eu posso entrar com a minha dor
E vivendo sentimentos de cansaço
Relembro dos teus braços
E da tua boca,
Quando me chamavam de teu amor

É assim que a vida vende a gente
Para o comércio do amor
Nos faz de uma mercadoria
De preço indefinido
Às vezes de tanta dor
Ela nos receita seus comprimidos
Que são verdadeiros arpões
Venenosos e compridos
Para espetar as entranhas
do nosso coração dolorido


E a dor que eu sinto agora
Está aqui no meu peito sofrido
Quisera não ter conhecido
O caminho do amor
Mas ele está aqui estacionado
Bem no meio do mundo
Que eu não sei onde é!


Valdir,

poesianoprato.blogspot.com

Aguardo o seu comentário!

republicação, essa foi a primeira poesia
que eu lancei no poesianoprato! em novembro de 2009.

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