MUDANÇA




Quem andava dentro de mim
Não era eu
A minha alma vagava no passeio
Das calçadas desertas
A minha hora não era certa
Havia nela um atraso
De um passageiro displicente

E por dentro de mim
Nascia um começo de fim
Eu negava tudo com um sim
Porque assim me parecia
Ser mais fácil

Os meus pensamentos
Não pensavam em nada
Seguiam lentos
Silenciosos como os conventos
Esperavam chegar o tempo
Dos belos contos de fadas

O que houve comigo foi uma revolta
Me transportei de coração
Para encontrar lá fora
O verdadeiro motivo
Para a minha vida inconformada




                                                         Valdir(Poesianoprato)

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